Quero morrer em um dia de sol,
apagar-me em uma tarde alegre.
Calar-me como cala um rouxinol,
passar como uma música breve.
De repente se irá o brilho
e tudo será escuridão.
A noite chegará, me abraçará como um filho,
me tragará na sua imensidão.
Muitos dirão: como ele era bom!
Debalde chorarão,
e eu não ouvirei nenhum som.
Onde estarão as cores?
O que serão das dores?
Como ficarão meus amores?
Cinza, vento, tudo será!
Dessa vida nada se leva
mas tudo aqui ficará.
Serei lembrado por um tempo. Depois, não mais!
O navio some na amplitude do mar tão logo se afasta do cais.
É indiferente e mudo o universo ao destino dos homens.
Se duvidas ou tens fé, igualmente ele te consome...É indiferente e mudo!
Nessa vida tudo é nada,
e nada...nada é tudo.
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