O vento que assopra nestas pradarias
trazem choros,
vozes de outra vida
clamando em coro,
sussurrando lentas agonias.
É tão doce a calmaria
que se sente nesta mata,
ver o fim do dia,
quando uma imensa saudade
nos corrói e arrebata.
Lá no fundo há uma cidade
escondida entre as montanhas.
Congelada no tempo,
habitada por ninguém
e cheia de ruas estranhas.
Outrora haviam casas,
casebres e casarões...
Escravos pisavam em brasas,
muitos gritos se ouviam ao capricho das sinhás
e ao mando dos barões.
Andar por essas vilas
é sonhar o que alguém sonhou...
Ouro e riquezas
misturados à dor e tristeza,
banhado no sangue
que algum negro ou índio lavou...
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