domingo, 1 de outubro de 2023

Vilarejo fantasma

O vento que assopra nestas pradarias
trazem choros, 
vozes de outra vida
clamando em coro,
sussurrando lentas agonias.

É tão doce a calmaria
que se sente nesta mata, 
ver o fim do dia,
quando uma imensa saudade
nos corrói e arrebata. 

Lá no fundo há uma cidade 
escondida entre as montanhas. 
Congelada no tempo,
habitada por ninguém 
e cheia de ruas estranhas.

Outrora haviam casas,
casebres e casarões...
Escravos pisavam em brasas,
muitos gritos se ouviam ao capricho das sinhás 
e ao mando dos barões. 

Andar por essas vilas 
é sonhar o que alguém sonhou...
Ouro e riquezas 
misturados à dor e tristeza,
banhado no sangue 
que algum negro ou índio lavou...

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