segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Gárgulas

Pedras, obeliscos e colunas ancestrais 
que de pé estais, 
ao calor e a chuva resistis, 
minha aflição assistis, 
há séculos a dor de muitos testemunhais. 

Anjos, demônios,
vejo-vos a olhar-me firme nas fachadas ou nas laterais. 
Sois a riqueza, a glória, a beleza desses museus, dessas antigas catedrais. 

Resplandeceis sob a luz da lua, quando o céu negro a tudo cobre. 
Vossas linhas colossais brilham na madrugada, fazeis dela uma nobre aliada. 
A noite melhor se vêem o sino, o relógio e a escada. 

Com vossas formas monumentais, a cidade enfeitais, elegância à urbana paisagem dais. 
Admiro-vos belas construções, sobreviveis ao tempo, passam-se gerações e permaneceis, vós gárgulas que tanto me encantais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário