domingo, 27 de dezembro de 2020

À contemplação de um crânio

Contemplo-te ó carcaça desgastada de meu frágil ser. És o que realmente sou, mas enquanto eu for, ninguém te poderá ver. 

Olho-te atentamente, tens um ar medonho!
Vejo três grandes buracos onde eram o nariz e os olhos, preservam-se os dentes, pareces risonho. 

Guardavas a massa cinzenta da matéria pensante que abrigavas, uma mente ofegante que mil sonhos sonhava. 

És o maior deboche dessa vã realidade, tu mostras o que há de vir. Oh, que maldade, de minha sorte estás a rir!

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