terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Minha vila em ruínas

Ando pelas ruas e becos 
lembrando-me do que vivi. Cada viela conta uma história do lugar onde cresci. 

Não me acostumei a ver-te deserta, sem casas, 
sem moradores...
Estranhei o mato seco que cresceu onde era minha casa, que pela relva está coberta, assim como o campo onde jogava bola, eu era o goleiro e os outros na linha jogadores. 

É tão estranho caminhar por aqui e não ouvir o barulho de antes! 
Todos foram embora e não vão voltar; o que era casa agora é entulho, a prefeitura quase tudo logrou demolir, tirou de seus lares a gente que neles vivia, o povo pelo mundo se espalhou, com a indenização nenhuma alma ficou. 

Ah, que pena que tenha que ser assim! 
Não vejo ninguém a brincar, passear ou cantar 
nas ruas e becos onde cresci e dias felizes vivi. 
Não há mais bairro, tudo teve fim. Agora o que tem é mato, pedaços, sumiram as ruas, becos e esquinas, 
ah, que triste é ver minha vila em ruínas!

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