O vento espalha as cinzas
que um dia o fogo queimou.
Na verdade, nada mais são que restos
de algo que um dia esteve de pé
e que agora, um simples dejeto é.
Cinzas de papel, roupa ou objetos!
O que de fato importa?
Sombras são de algo que houve, como alguém que ali esteve a bater à porta.
Muito querida e estimadas essas coisas foram e até hoje são.
Mas do que foram elas, não se vê mais nada,
além dessas cinzas no chão.
Igualmente, quisera eu verter-me em cinzas, sim,
aos poucos dissolver-me, lentamente em vão.
Pois do homem que um dia fui, já me tornei cinzas,
e queimou-se por inteiro,
oh! queimou-se meu pobre coração!
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