O silêncio é tão assustador,
não ouvir um só ruído,
um tiro, coçar de prurido,
não é legal, nem um pouco, não senhor.
Tudo se congela quando nada se ouve.
As vozes da mente sã, demente, despertam, falam. Quando todos se calam, o espírito no homem se move.
Sons inaudíveis saem
quando nem se podem ouvir as folhas que caem,
a sirene da Samu, da polícia, ou o simples estalo da gordura ao fritar a linguiça.
O silêncio é tão macabro
pois após ele não se sabe o que há de vir.
É uma cauda, um rabo
do fim de tudo que se deu a discutir.
É o silêncio pai de todas as vozes. Nele, na mente se constroem, contorcem, destroem, palavras belas ou atrozes.
O silêncio é um mistério, um dom etéreo do humano ser.
Todas essas constatações inúteis, fúteis,
estive eu no silêncio a fazer!
Verdade! Por isso mesmo tantos o evitam; não querem ouvir as vozes da própria mente.
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