domingo, 6 de novembro de 2022

O artista



Quanto pode durar um simples instante?
Quem pode fazer do fugaz e trivial algo belo e singelo,
e do banal importante?

Como transformar emoções
em obras geniais,
despertando sensações
naqueles que se deparam com as tais?

Artista, és tu este portador,
fruto raro entre os mortais,
nasceste para ser o receptor
das inquietações de teus iguais!

Nômade errante, vagas incerto
pintando com as cores da tua alma tudo aquilo que te aflige e te tira a calma.

Vives só, no teu árido deserto, és inconstante mas não distante, te preocupas tanto com o que não podes mudar,
às vezes permites cair o pranto
e num lamento chorar.

Mas tu não morrerás como os demais, ainda que deste mundo fazes parte.
Eternizaste o comum,
materializando o real de forma incomum,
deixaste obras atemporais,
para sempre viverás na tua arte!

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