Sempre quando pego o ônibus para ir trabalhar
vejo uma jovem de incomum beleza
sentada em seu lugar.
Olhos azuis cor d' água, simulam frieza
mas estão a tudo atentos, não param de observar.
Não refletem alegria, mágoa tampouco,
ocasionalmente apenas entretidos na tela do celular.
Olho-a várias vezes, como um louco,
sem palavras lhe dirigir.
O que diria à ela para uma conversa iniciar,
o que devo proferir?
Têm um porte elegante,
é branca e loura.
Senta-se quase sempre à janela,
respirando do ar que entra por ela,
deixando-se iluminar pelo sol que seus fios doura.
Pouco a ouvi falar, mas quando o fez
não foi de desapontar.
Um senhor um sorriso lhe arrancou,
não sei o que lhe falou,
esta foi a única vez.
Perto dela poucos ousam se sentar,
diante de uma moça tão formosa chegam a se intimidar.
Desci do ônibus, nessas coisas pensando, de relance para os lados olhando e percebi,
oh! a bela misteriosa estava a me olhar!
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