quinta-feira, 14 de abril de 2022

Dúvida

És minha cruel certeza, 
nunca me abandonas, 
não há em ti beleza, 
minhas crenças, impiedosamente, tu profanas.

Tudo o que creio, duvidas.
Tudo o que penso, ris.
Destrois o que há de mais sagrado em nossas vidas, não tens escrúpulos, nossas verdades, reputas como vis.

De onde vim, 
quem eu sou, 
para onde vou, 
porquê aqui estou? 

Ai, tem dó de mim! 
Deixa-me em paz, 
por favor, ó tirana e estúpida, 
vil e profana, 
inconveniente dúvida!

Nenhum comentário:

Postar um comentário