terça-feira, 28 de maio de 2024

Cavaleiro errante

Sonhei com um castelo de proporções colossais.
Topei com as musas,
tropecei no rastelo 
dos camponeses,
fugi das chamas dos dragões infernais.

Ajoelhei-me ante os reis,
consagrou-me a rainha.
Defendi com sangue suas leis, 
brioso, a espada tirei da bainha!

Cantei trovas, 
celebrei as novas 
descobertas e invenções. 
Submeti-me a católica santa igreja, recebi a hóstia,
escutei os sermões. 

Defendi minha honra em épicos duelos. 
Escapei da masmorra,
desprendi-me da corrente e seus elos.

Balancei-me na gangorra,
dormi ao som das violas!
Vi o que não se vê em muitas escolas...
Sonhei com o castelo  dourado do reino encantado, de um tempo distante! 

Acordei de repente,
despertei sorridente, 
do meu sonho vibrante.
Oh doce quimera! 
Das bruxas, sórdida magia!
Sem armas e escudo,
resoluto e mudo eu ia...
Eu era cavaleiro errante!

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