Quando minh' alma
perplexa contempla o infinito do céu estrelado
e o luar bonito;
Quando o ser humano
é o melhor e o mais cruel dos seres, quando o ódio é consumidor
e o amor triunfa sobre a dor,
quando sou uma poeira no vasto universo
mas também uma obra de Deus, perplexo fico.
Quando o bem e o mal se opõem mas nunca se separam, nada entendo.
Quando loucura e razão,
vida e morte, amor e ódio, paz e guerra, seca e chuva, mar e terra, se unem e se separam, se odeiam e se gostam,
me confundo.
Ó Senhor, que é a vida sem ti?
Se não dor, angústia e sofrimento?
Porquê é perverso o mundo dos homens!
Como numa cadeia alimentar o mais forte subjuga o fraco, sempre,
direto, inevitavelmente.
E neste jeito vamos, como numa batalha tremenda.
Porque da vida nada sei,
só sei o que posso e talvez acha que saiba
o que não entenda.
Por que abortado não fui, essa sorte (oh! que pena) essa sorte não tive.
Mas já que no mundo estou,
caminhando para frente eu vou, enquanto perplexa, perplexa minha alma vive!
Nenhum comentário:
Postar um comentário