terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Dualismo

Aquele momento em que a alma, já cansada, insiste em sair do corpo, alçar vôo 
e liberdade, rumo ao infinito...
Está perturbada, quer sua cidade, onde tudo é mais fácil e bonito...

Quer se livrar desse corpo frágil, 
destrutivél e pecador...
Rumo ao eterno, imperecível,
o mundo dos espíritos, das luzes, do amor!

Ó alma, suporta com calma 
o duro fardo que te é imposto,
de habitar esse corpo e morrer com ele!
Dizem que tu és imortal,
não creio que seja, 
observa, vê, somos tão físicos como um animal!

Sim alma, aquieta dentro de mim, podes esperar a morte do meu corpo, que também será a tua sorte, o teu, o nosso fim!
Isto alma, aguenta firme, tu és minha e eu sou teu, 
estamos juntos, somos um só,
és tão somente o meu intelecto, 
a minha mente!
Tu não serás sem mim nem eu sem ti!

Não percas a calma 
ó querida alma! 
Pois a sorte do meu corpo será também a tua, já que não há sol sem lua, meu fim será o teu,
minha morte a tua!

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