quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Hora de delírio

Hora de delírio! 
Escuto e discuto com minha alma, se sonho ou desperto, dentro ou na porta, se ela ainda vive em mim ou já é morta!

Cigarras cantam, pedem chuva ao bom Deus. 
Tudo isso é muito interessante,
me embriago deste canto
que também dá à mais um ano um adeus.

Hora de delírio!
Solitário e louco,
me vejo entre não poucos devaneios, infrutíferos anseios,
dentro de mim explode um grito, espreme-se o ser em seu sufoco!

Vejo os anos atrás,
um tempo que passou faz pouco, saudade viciante que em meu peito jaz, que de falar dela ficarei rouco. 

Hora de delírio!
Um menino feliz brincando vai,
feliz um tanto grande,
morrendo se vai sua alegria irradiante, na mesmice seu semblante cai.

Hora de delírio!
Que me faz escrever esses versos tortos, sem sentido como está o meu ser, 
abraçando na sorte de um desvario buscar consolo 
no disparate que protege os loucos!

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