quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Poetas

Quem há de julgar-se sábio, 
senhor de si, sabichão e douto?
Dono da razão, conhecedor de quase tudo, das ciências um dominador, voraz e não pouco?

Que há de argumentar, 
assim dizer, para quem lhe arguir tal sujeito?
Se não há neste mundo certeza de nada, felicidade,
senão desrespeito, maldade,
desgraça sobre desgraças empilhada?

Pois eu vos digo 
sobre isso refletindo,
que não há quem assim possa ser! 
Mas o maior perigo é ser possível certas pessoas
acharem tais sujeitos ser!

O mundo, redemoinho inconstante e não pouco, cabe de tudo um pouco.
Tais pessoas que assim julgam ser, são aquelas que fazem versos, 
querem mudar o mundo, 
sem contudo nada pra isso fazer!
São malucos na verdade, 
por isto eu digo sem dificuldade:
Perece um poeta, morre um louco!

Um comentário:

  1. 👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿

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