Frio como o vento,
meu coração vai.
Assim como no outono,
ele se desbota, no relento,
sem motivo,
como folha que um dia cai.
Vai batendo, o comando do resto do corpo respondendo.
Ele vive, mas não se emociona,
grandes sonhos não ambiciona,
há muito está morrendo.
Peço então a Deus socorro,
antes que ele morra,
e eu morro.
A vida não é fácil, é verdade,
mas a cada um cabe saber
do seu próprio sofrer,
da sua própria maldade.
Eu quero, não sem razão,
antes que o meu coração caia
e com o frio do inverno vá,
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