sábado, 4 de abril de 2020

À morte da poesia

Morta está aquela que tão forte brilhou um dia.
Jaz enterrada, entre escombros esquecida, por um mundo virtual e sem sal trocada, por uma multidão tecnológica e alucinada.

Como foste assim morrer linda donzela!
Tu, rainha-mãe de qualquer literatura, da qual teus filhos poetas se faziam escultura, hoje
por ti choram e acendem vela.

Tu que transmitias, junto com tua irmã música, o sentimento mais nobre ao coração,
como um imã todos a ti atraías,
agora te enterram, sem te darem ao menos uma canção!

Teu canto era o mais lindo de se ouvir, hoje não mais se ouve.
Tu, que animavas o homem em seu ir e vir, de todas tuas virtudes
não há ninguém mais que te louve.

Ó poesia que eras o perfume da humanidade!
Morreste aos poucos, teus órgãos foram secando um a um,
e agora enterrada estás
sem deixares saudade no século XXI!

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