Luz e sombra atravessam a cortina,
por uma fresta entram,
se detém no quarto,
iluminam a curiosa retina.
São as horas que restam
de um dia que finda.
Exalam o aroma da tarde
ou a agonia da noite que não chegou ainda.
Contemplo este show
deitado em meu leito.
Divago sobre o que passou,
o que pode ocorrer e o já feito.
Tal qual esta penumbra me vou,
a buscar o meu caminho,
entre a escuridão e a luz,
o pentagrama e a cruz,
o medo e a razão,
o desejo e o coração.
Dividido estou com tantos conceitos, indeciso sigo,
banhado em prantos secretos
e sorrisos mal feitos.
Tal qual esta penumbra,
minha mente vagueia,
entre luz e trevas passeia,
uma idéia vislumbra;
Reflito o que sobre mim a vida deixou,
me escondo na sombra que me oculta da luz que me clareia.
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